Segurança pública

MPMG lança núcleo, ligado à Unidade de Combate ao Crime e à Corrupção, para atuar em crimes contra as corporações

Núcleo será composto pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Ordem Econômica e Tributária e Grupo de Atuação Especial de Combate aos Crimes Cibernéticos

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) lançou no final da manhã desta terça-feira, 25 de abril, o Núcleo de Combate aos Crimes Praticados contras as Corporações (Nucorp), que fará parte da estrutura da Unidade de Combate ao Crime e à Corrupção (UCC). Na cerimônia, realizada no auditório da UCC, o procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares Júnior, assinou a Resolução PGJ nº 14 de 25 de abril de 2023, que cria o Nucorp.

O núcleo será composto pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (Caoet) e Grupo de Atuação Especial de Combate aos Crimes Cibernéticos (Gaeciber), com participação, mediante Termo de Cooperação Técnica, das Polícias Civil, Militar, Penal e Rodoviária Federal, que já compõem os órgãos citados.

Segundo Jarbas Soares, “quando a criação da UCC foi idealizada, muito mais do que um prédio, era nosso desejo inaugurarmos uma nova fase nas estratégias de enfrentamento a macro criminalidade no mundo digital em constante transformação. A macro criminalidade não se limita apenas a prática de violência contra pessoas. Nos últimos anos, uma nova criminalidade se especializou na prática de crimes contra empresas por meio de fraudes sofisticadas. Além das perdas financeiras diretas, a reputação das empresas também vem sendo gravemente afetada”, destaca.

Ainda segundo o prcurador-geral de Justiça, os crimes praticados de forma frequente e consistente contra as grandes empresas afetam ainda mais a reputação e os interesses privados das corporações atingidas. Esses crimes têm o potencial de desestabilizar a economia, aumentar um sentimento de insegurança e impunidade na sociedade, afetar o desenvolvimento social, a geração de empregos e acesso a serviços de qualidade e mais baratos.

Conforme Jarbas, “o Nucorp vem reforçar a estratégia UCC para alcançar resultados efetivos no combate aos crimes praticados contra empresas. Precisamos da atividade empresarial livre para que ela posa gerar empregos, renda e desenvolvimento econômico. É preciso enfrentar esses crimes com rigor e firmeza necessárias para que os empresários possam atuar em um ambiente de negócios justo e transparente, contribuindo para a promoção da justiça”, ressalta.

Para o presidente da Fiemg, Fávio Roscoe, “hoje é dia de agradecimento. Normalmente a gente cobra. Gostaria de agradecer em seu nome, Jarbas, todo o Ministério Público pela entrega do Nucorp. O setor empresarial mineiro se sente acolhido com essa iniciativa. Aliás, ele vem se sentindo acolhido todas as vezes que procuramos o Ministério Público na sua gestão”, afirma.

Ainda conforme Roscoe, “o Nucorp é mais uma ação inovadora. Quero parabenizar também o governador Zema por todas as ações inovadoras que têm sido feitas no estado de Minas Gerais, transformando a administração pública numa administração mais palatável, facilitando a atividade empreendedora, que muitas vezes se prende no cipoal da burocracia e, com isso, impede o desenvolvimento econômico e a prosperidade social do nosso estado”, destaca.

O governador Romeu Zema parabenizou o MPMG pela iniciativa. “Tenho certeza que Minas Gerais está saindo na frente. Temos de punir as empresas que sonegam, que adulteram, que falsificam. Temos empresaa do mal e o Estado tem de ir atrás e puní-las. Porém, aquelas que são do bem precisam ter um ambiente satisfatório e seguro para poder trabalhar, porque se não, quem vai estar perdendo é o consumidor”, afirma.

Finalidade e competências

O Nucorp prestará apoio aos promotores de Justiça na identificação, prevenção e repressão de crimes que causem grave prejuízo a pessoas jurídicas do Estado de Minas Gerais, sobretudo crimes praticados por organizações criminosas, com violência, privação de liberdade, por meio de recursos tecnológicos e/ou que causem distorções de mercado e violação à concorrência leal.

O núcleo deverá ainda promover o aprimoramento do rastreamento e recuperação de ativos provenientes de ilícitos e manter interlocução com instituições públicas e privadas, nacionais e estrangeiras, para aprofundar a colaboração na identificação, prevenção e repressão de ilícitos.

Compete ainda ao Nucorp, participar de ações e forças-tarefas destinadas à prevenção, investigação e combate aos ilícitos investigados no âmbito do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (CIRA) e da Unidade de Combate ao Crime e à Corrupção (UCC), que tenham correlação com as atribuições do núcleo e colaborar na elaboração da política institucional de combate aos crimes praticados contra pessoas jurídicas.

Presenças

Além do procurador-geral de Justiça, participaram da cerimônia de lançamento do Nucorp o governador de Minas Gerais, Romeu Zema; corregedor-geral adjunto do MPMG, Mauro Flávio Ferreira Brandão; presidente do Tribunal de Justiça Militar de Minas Gerais, coronel Rúbio Paulino Coelho; defensora pública-geral de Minas Gerais, Raquel Gomes de Sousa da Costa Dias; presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade; presidente do Sistema Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, Flávio Roscoe; diretor executivo da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Adauto Duarte; e presidente do Sebrae Minas e da Câmara de Dirigentes Logistas de Belo Horizonte (CDL-/BH), Marcelo Souza e Silva, membros da Administração Superior do MPMG, procuradores e promotores de Justiça, servidores do MPMG entre outros representantes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

Discursos

Ouça, na íntegra, os discursos do procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares, governador de Minas Gerais, Romeu Zema; presidente da Fiemg, Flávio Roscoe; diretor executivo da Febraban, Adauto Duarte; e presidente da CNI, Robson Braga.

Fonte: Ministério Público de Minas Gerais