Uberlândia

Trabalho com drones auxilia na eliminação de criadouros do mosquito Aedes

Piscinas sem tratamento e caixas d’água destampadas nos quintais foram os itens mais fotografados pelos equipamentos

Com mais de um mês de monitoramento de imóveis com drones, o Programa de Controle da Dengue fotografou 265 quarteirões e identificou objetos que são considerados criadouros em potencial para o mosquito Aedes Aegypti. A ação foi concentrada nos bairros Guarani, Luizote de Freitas, Tocantins, Shopping Park, Lagoinha e Jardim Célia, sendo realizada por meio de uma parceria entre as secretarias municipais de Saúde e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbanístico.

Dos bairros vistoriados, a equipe do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) identificou 81 piscinas sem manutenção de rotina, 10 caixas d’águas não vedadas e 20 residências que contam com moradores portadores do transtorno de acumulação compulsiva (acúmulo de lixo, entulhos e objetos em casa). Um cenário propício para a proliferação do mosquito, segundo o coordenador do Programa de Controle da Dengue, José Humberto Arruda.

“Os drones foram essenciais para vistoriarmos imóveis que não estávamos conseguindo entrar. Com esse trabalho minucioso, fomos pontuais em vários casos principalmente em residências com piscinas e caixas d’água. Como sabíamos o que tinha no imóvel, entramos em contato com o morador, agendamos um horário e repassamos as orientações sobre os cuidados”, contou.

Além disso, segundo o coordenador, foram programadas retiradas de pneus conforme disponibilidade do morador, bem como um trabalho de assistentes sociais junto aos portadores do transtorno de acumulação compulsiva. “O trabalho com eles é mais delicado, uma vez que o agente não pode entrar na casa e retirar os objetos. Acionamos as equipes da assistência social e estamos realizando uma ação em conjunto com a família”.

Com a finalização dos primeiros bairros, a equipe do Programa de Controle da Dengue concentrará as ações nos bairros São Jorge e Morumbi. A ação com os drones foi embasada na situação de iminente perigo prevista pela Lei Federal 13.301/2016. As imagens realizadas pelos equipamentos nos bairros ficarão sob a responsabilidade da equipe técnica do programa, não serão divulgadas e auxiliarão estritamente na identificação de focos do mosquito.

Fonte: Secom PMU