Artigos

DESUMANO

Autor: JOSÉ AIRTON OLIVEIRA

Hoje vou tirar um tempo para falar do falso puritano, o egoísta enganador, o safado julgador, o preconceituoso. Como temos seres como esses, que sentados sobre o rabo decidem por julgar seus semelhantes. Aquele que condena o homossexual, a prostituta, o feliz, o ser humano. Pessoa de baixa estirpe que não consegue olhar nos olhos do semelhante, mas é capaz de julgá-lo e condená-lo, sem ao menos provas cabais. O ser mesquinho, desumano que tira do seu ciclo até amigos de longos anos. Aquele que é praticante comum dos atos que condena. Quem olha para os chamados “diferentes”, por opção, não aceitando-o no seu meio. O mesmo racista que condena a cor, o pavoroso que se possível mata com requintes de crueldade sem dar nenhuma facada. O ser que se diz moralista, mas na sua amoralidade causa o terror, acaba ficando sozinho por pagar por preço da sua maldita convicção. Aquele que aponta o dedo para o adúltero e baba ao se deparar com uma bela mulher que insinua ao mesmo, deixando-o fora do controle das suas próprias constâncias inconstantes. Infelizmente esses seres, mero res, habitam esse planeta, andam pelo mundo numa disputa ambiciosa pelo poder, carregada a inveja, o preconceito, o acumulador de desejos, que para realizar não ser preocupa com o mal que pode provocar aos outros. Aquele ambicioso que passa por cima de qualquer semelhante para ser mostrar, acumular, o egoísta, pobres de espírito, os chamados olhos gordos, secas pimenteiras, que surrupia os seus para juntar poderes. Então assim se fez o mundo, dos que erram e não merecem perdão, dos que não perdoam por serem errados, dos julgadores que condenam sem olharem para o próprio rabo. Nessa minha convicção eu prego a liberdade, aquela de expressão e vontade, a igualdade, onde todos os seres têm os direitos, até de errarem, então para ser gente tudo é livre. Aos tais puritanos, rogo ao Todo Poderoso que dê a eles um dia o direito de acertarem, serem perdoados e terem um lugar no céu, de repente de olhos e boca vendados, para que não preguem o ódio, não julguem, nem se assustem com o normal. Liberdade para que é liberto, quer se libertar, aos puros e impuros, aos que são de Deus, aos que estão nas ruas, nas sarjetas, aos mendigos, doentes, aos sano, aos puritanos, dando a cada um seu espaço. Damos graças pelas vida, pelas pedras do caminho. Condenemos a ignorância humana, os cegos de coração, os que não carregam o dom do perdão, os carrascos vestidos de condenados para a própria execução, aos que não enxergam com sentimentos, aos que apedrejam a própria imagem e não reconhecem o que são, o que deveriam ser condenados, mas condenam o irmão.

Imagem meramente ilustrativa