Órgão orienta sobre cuidados e características dos produtos frescos e congelados que devem ser analisadas
A venda de pescados está em alta nesta época do ano, especialmente com a chegada do ritual católico da Semana Santa, quando é tradição preparar pratos à base desta iguaria. Atenta à procura, a Vigilância Sanitária (Visa), da Secretaria Municipal de Saúde, dá dicas de como comprar com segurança um dos alimentos mais saudáveis encontrados na natureza.
O coordenador do setor de alimentos da Visa, Ricardo Tomaz da Silva, destaca que, para garantir um prato saboroso e de qualidade à mesa, é preciso observar vários aspectos do produto, estando o pescado fresco ou congelado, mas também não se pode deixar de lado o cuidado com a escolha do local de compra.
“A primeira coisa que precisa ser observada é se o estabelecimento tem alvará sanitário, observar as condições de higiene e organização do estabelecimento (limpeza geral e organização das instalações e equipamentos) e dos manipuladores (uniformes limpos, usando toucas, etc). A presença do alvará sanitário vigente garante ao consumidor que o estabelecimento está sendo fiscalizado e que as condições higiênico-sanitárias estão sendo verificadas”, explicou Ricardo.
Resolvida essa etapa, a população deve investigar características do produto, conforme o tipo de conservação. No caso do bacalhau, manchas vermelhas são indícios de contaminação por bactérias.
“Ao optar pelo produto fresco, o consumidor precisa olhar se o peixe realmente tem essa característica. Isso é perceptível nas escamas, que devem estar translúcidas e brilhantes. Sem contar os olhos, que também devem estar brilhantes e ocupando toda a cavidade ocular. É importante olhar ainda que as guelras estejam bem vermelhas. Se o consumidor puder colocar uma luva e tocar, ele deve apertar o peixe. Se as marcas dos dedos sumirem rapidamente, significa que o produto está em boas condições de consumo”, orientou o coordenador. “Agora, no caso dos congelados, as condições de armazenamento, congelamento, prazo de validade e a existência do selo de inspeção são fundamentais”, alertou.
Para tirar qualquer dúvida, o consumidor pode entrar em contato com a Vigilância Sanitária por meio do telefone (34) 3213-6152. A seguir, confira outras dicas de compra e descongelamento de pescados.
Na hora da compra:
– Verificar se o peixe tem resíduos de areia, pedaços de metais, plásticos, poeira, combustíveis, sabão, detergentes ou está rodeado de moscas.
– Quanto aos crustáceos: devem apresentar a cor própria da espécie e não demonstrar coloração alaranjada ou negra na carapaça.
– Polvos e lulas: devem ter carne consistente e elástica.
– No caso de filés embalados, é importante verificar, além da consistência da carne, o tipo do pescado, o estabelecimento de origem, o peso líquido, a data de embalagem, o prazo de validade, a forma de conservação e a informação nutricional.
Ao descongelar:
– Na geladeira: é o método mais recomendado, pois diminui a perda de água e garante a manutenção de qualidade do pescado.
– No micro-ondas: sempre utilizar a opção “descongelar” do microondas para garantir o descongelamento uniforme.
– Atenção: nunca descongelar qualquer pescado em temperatura ambiente, porque não é uniforme e pode gerar perda de qualidade, umidade e permitir o crescimento de microrganismos.
– Nunca congelar novamente um pescado que já foi descongelado. O peixe pode ser congelado novamente se cozido e preparado.
– O ideal é congelar peixes inteiros sem as vísceras. A pele é a melhor proteção do peixe. Camarões e lagostas devem ser congeladas sem cabeça.
Fonte: Secom PMU