Uberlândia

Confecção de tapetes beneficia reabilitação em comunidades terapêuticas

Arteterapia faz parte do projeto Superarte, da Prefeitura de Uberlândia

O projeto Superarte chegou a mais uma etapa nas comunidades terapêuticas. Agora os acolhidos de todas as conveniadas confeccionam tapetes como forma de arteterapia. Como parte do Núcleo de Reinserção Social (NRS) da Secretaria Municipal de Prevenção às Drogas, Defesa Social e Defesa Civil de Uberlândia, a iniciativa também trabalha com customização de camisetas, palestras e oficinas de relaxamento.

“Nós fomentamos os acolhidos para que eles confeccionem os tapetes e tenham mais uma ocupação, além de aprender um ofício”, explicou o coordenador de Reinserção Social e arte educadora, Cleiton Rocha dos Santos (Kakko).

As atividades estão sendo realizadas nas sete comunidades terapêuticas.O objetivo maior é contribuir com o processo de reabilitação e reinserção social dos acolhidos. Segundo Kakko, além dos internos poderem ficar com um tapete, os resultados dos trabalhos serão expostos entre os dias 25 a 29 de junho, durante a Semana Municipal de Prevenção às Drogas.

Trazendo uma nova chance de vida

Joaquim Silva*, que está em uma das comunidades conveniadas à Prefeitura de Uberlândia, explica como os trabalhos do Superarte auxiliam em sua recuperação. “Nunca imaginei que faria trabalhos como os que estou aprendendo aqui por meio da arteterapia. Isso vem somando bastante, porque não trabalhamos só a prática em si, mas também nossa mente, nossa vida, atenção, então isso vem favorecendo muito”, contou.

Leonardo Aurélio Lucas, monitor da Comunidade Nova Criatura há três anos, ressalta a importância do projeto. “A Prefeitura de Uberlândia traz uma coisa muito importante, que é fazer a pessoa voltar à atividade profissional. Às vezes a pessoa se perde no mundo e, com essas atividades, ela vê que pode ser ressocializada, voltar a trabalhar, a ganhar seu próprio dinheiro”, ressaltou.

A arteterapia

A arteterapia cada vez mais tem sido utilizada junto ao trabalho com usuários de drogas e, simbolicamente, representa o ato de desconstruir e construir algo novo em suas realidades.

“Pretende-se que esses ‘novos saberes’ possam ter aplicabilidade na vida dos acolhidos, oferecendo, em um primeiro momento, uma opção para a reinserção social. Além de os estimularem a buscara satisfação pessoal através dessas atividades ou das que forem de seus interesses. Dessa forma, estamos contribuindo significativamente para a melhoria da autoestima desses acolhidos”, comentou a psicóloga do NRS, Núbia Aparecida Faria Oliveira.

*Foi utilizado nome fictício para preservar a identidade do entrevistado

Fonte: Secom PMU