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Banco de Leite Humano do Hospital de Clínicas de Uberlândia tem queda de 26% no número de doadoras de leite materno este ano

Segundo a coordenadora da unidade, Marília Neves Santos, a redução é consequência da pandemia do novo coronavírus que, entre outros efeitos, causou medo nas mães que estão receosas em doar presencialmente

Caiu em 26% o número de doadoras que contribuem com leite materno para o Banco de Leite Humano (BLH) do Hospital das Clínicas de Uberlândia. Este ano, a média mensal de mães que contribuem é de 79. No ano passado, eram cerca de 108 mulheres.

Segundo a coordenadora da unidade, Marília Neves Santos, a redução é consequência da pandemia do novo coronavírus que, entre outros efeitos, causou medo nas mães que estão receosas em doar presencialmente. No entanto, o Banco de Leite Humano coleta o leite materno na residência das doadoras. Para doar, basta ligar no Disque Amamentação: (34) 3218-2666, e agendar o dia da coleta pela equipe de saúde da unidade.

Dados do Ministério da Saúde apontam que houve queda de 5% no número de doadoras de leite materno no país, este ano. De acordo com o órgão, cerca de 330 mil bebês prematuros nascem por ano e grande parte deles precisam da doação do leite materno para ajudá-los a sobreviver. No entanto, a coleta anual só é suficiente para suprir a necessidade de 45% das crianças que necessitam.

O leite materno é importante para todos os bebês, principalmente para os que nascem prematuros e/ou de baixo peso e estão internados em Unidade Neonatal e não podem ser amamentados pela própria mãe. A depender da criança, 1ml de leite materno já é o suficiente para nutri-lo a cada alimentação. Janini Selva Ginani, coordenadora de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde, descreve a importância da substância para a saúde dos pequenos.

“O leite materno traz inúmeros benefícios para a saúde da criança. Protege de infecções, diarreia e alergias. Diminui a chance da criança desenvolver diabetes tipo 2, colesterol alto, pressão alta e obesidade na vida adulta. Além de ser a única ação que isoladamente é capaz de reduzir a mortalidade infantil em até 13% por causas evitáveis.”

Vem de Belo Horizonte, a cerca de 500 quilômetros, o exemplo de Luiza Freire Vidigal, 33 anos. Após o nascimento do primeiro filho, Henrique, a engenheira procurou um Banco de Leite Humano na capital mineira para tirar dúvidas sobre amamentação. Lá, ela diz que foi muito bem atendida e que descobriu que poderia doar o excedente do seu leite para ajudar outros bebês. Agora, amamentando o segundo filho, Marcelo, Luiza continua doando e faz um apelo para que outras mulheres se juntem a ela nesse gesto de solidariedade.

“Doação de leite materno não custa nada. É o seu leite que está sobrando. O pessoal do Banco de Leite Humano busca em casa. É super gratificante. Quem puder, vale muito a pena, pelo outro, por você.”

O BLH do Hospital de Clínicas de Uberlândia está localizado na Avenida Maranhão, nº 1.800, Umuarama. A equipe da unidade faz a coleta em domicílio, de segunda à sexta-feira, das 8h às 12h. O atendimento presencial também está funcionando, mas só por agendamento. A medida ocorre para evitar aglomerações e risco à saúde das mulheres que querem tirar dúvidas sobre amamentação ou desejam doar no Banco de Leite Humano da cidade. Para ser uma doadora, basta ligar para o número (34) 3218-2666.

“Doe leite materno. Nessa corrente pela vida, cada gota faz a diferença”. Para mais informações, ligue 136 ou acesse o site saude.gov.br/doacaodeleite.

Fonte: Agência do rádio