Segurança pública

PF DEFLAGRA OPERAÇÃO “PERSUASÃO”

Divinópolis/MG – A Polícia Federal em Divinópolis/MG deflagrou ontem, 28/6, a Operação “Persuasão”, que consistiu no cumprimento de dois mandados judiciais de busca e apreensão e um mandado judicial de prisão preventiva; todos expedidos pela 35ª Vara da Justiça Federal de Belo Horizonte/MG.

A investigação foi iniciada em fevereiro deste ano, após recebimento de informação oriunda da adidância americana da U.S. Immigration and Customs Enforcement – ICE – no Brasil, que repassou as informações à PF brasileira, por meio de relatórios contendo extensa materialidade dos crimes previstos nos artigos 240, 241-A e 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente. Conforme a legislação norte-americana, empresas sediadas nos EUA são obrigadas a reportar ao governo ocorrências relacionadas à difusão ou armazenamento de material pornográfico infanto-juvenil na internet. Assim, foram relatados inúmeros casos que indicavam possível abuso sexual e pornografia infantil, em tese, praticados pelo investigado, residente na cidade de Oliveira/MG.

De acordo com a investigação, o homem teria utilizado perfis falsos para convencer crianças e adolescentes a enviar fotos de nudez pela internet. Para convencer os menores, o investigado criou alguns personagens com perfis falsos. Ele teria se passado por uma adolescente do sexo feminino para conversar com as crianças, que teriam sido convencidas a enviar fotos de nudez para ele. Também teria se passado por “agenciador” de adolescentes que desejavam participar de um processo seletivo para jogar futebol na Europa, convencendo os candidatos adolescentes a enviar fotos nuas, para um “teste físico” à distância. Chamou a atenção, durante as investigações, o fato de que o preso teria se passado por funcionário da empresa Facebook, para convencer pais ou responsáveis por crianças a enviar fotos sem roupas de seus próprios filhos para um dos perfis falsos, alegando que as fotos seriam utilizadas para impedir que outras feitas e enviadas pelos próprios filhos fossem disseminadas na internet. A identificação dos perfis falsos foi possível mediante cooperação do próprio Facebook, que auxiliou nas investigações. As investigações prosseguem com a oitiva de pessoas envolvidas, assim como realização de perícia nos materiais apreendidos.

O investigado responderá pelos crimes previstos nos artigos 240, 241-A e 241-B, do Estatuto da Criança e do Adolescente, com penas que podem chegar a 18 anos de prisão. Ele foi encaminhado ao presídio Floramar, onde permanecerá à disposição da Justiça Federal.

O nome da Operação faz alusão ao fato de o investigado se utilizar de vários meios para persuadir as vítimas a enviar fotos por meio da rede mundial de computadores.

Assessoria: PF/MG