Na manhã desta terça-feira (30/5), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) integrou a primeira fase da operação Mamon, coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que tem como alvo uma organização criminosa que já movimentou aproximadamente R$ 6,7 bilhões ilicitamente.
Durante a ação, desencadeada nos estados de Alagoas, Amapá, Minas Gerais, São Paulo e Tocantins, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão e sequestrados judicialmente R$ 170 milhões, entre veículos e dinheiro. Foram apreendidos documentos, celulares e tablets que serão analisados, após autorização judicial, para sequência das investigações.
Conforme explica o promotor de Justiça que atua no Gaeco, Gabriel Mendonça, as apurações tiveram início há dois anos, quando, por meio de comunicações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), foi identificada uma megaestrutura de lavagem de dinheiro. “A partir daí, conseguimos ordem judicial de quebra de sigilo bancário e fiscal e descobrimos a maior movimentação atípica em investigações do Gaeco, de aproximadamente R$ 6,7 bi”, destacou.
O delegado da PCMG Marcus Vinícius Lobo Leite Vieira, também atuante no Gaeco, salienta que, com o material colhido hoje, será possível materializar a dimensão das atividades da organização criminosa, bem como identificar suas ramificações. “Associados a essa grande rede de lavagem de dinheiro estão diversos crimes correlatos que fazem uso dessa estrutura, como tráfico de drogas, fraudes e estelionatos”, explicou, acrescentando que um grande grupo criminoso com base no estado de São Paulo também teria participação nessa organização.
A próxima fase da operação Mamon terá como foco a identificação do caminho dos ativos ilícitos pelo grupo e o mapeamento do dinheiro até o destino final.
As investigações prosseguem.
Fotos: Divulgação MPMG
Fonte: ASCOM-PCMG