Associação para o tráfico de drogas
Pois é, as “coisas” estão mudando e muito, nesta modernidade…Antigamente, associação era uma palavra simpática, remetia a grupos de pessoas que trabalhavam para um bem comum, mas em alguns casos, na área criminal, associação virou referência para atos ruins…”O certo virou errado. O errado se tornou certo?! Será?? ”Tempos sombrios.” Manhã de quarta-feira (30), logo depois do galo cantar, a Polícia Militar (PMMG) realizou uma operação no bairro Martins, bem ali, na Praça da Bíblia, em frente ao Terminal Rodoviário de Uberlândia-MG. O objetivo: combate ao tráfico de drogas nas imediações e mediações do local, que aliás, os moradores agradecem quando estas ações são realizadas. Pois bem, no decorrer das atividades, vários suspeitos foram abordados, mas teve uma pessoa que chamou a atenção da guarnição. Homem alto, moreno, vestido com roupas pretas, estava na porta de uma casa, já conhecida pelos militares por ser ponto de encontro de usuários de drogas. O imóvel é de propriedade de um senhor de 55 anos que, segundo a PM, franqueia a entrada da casa para dependentes químicos usarem entorpecentes. Assim como a polícia observou, um indivíduo de 32 anos ao visualizar os militares, correu e jogou um invólucro para dentro do quintal da casa, momento em que foi alcançado e abordado pelos policiais. Durante as buscas no “muquifu” onde o objeto foi lançado, mais especificamente no local onde ele jogou o material, foi localizado o invólucro dispensado por ele, contendo oito pedras de crack. O homem, nem pestanejou, nem balbuciou e já “abriu a goela” dizendo aos militares fazer parte de uma organização criminosa responsável pelo tráfico de drogas, atuando na região do Terminal Rodoviário de Uberlândia. Segundo ele, todos os dias, pela manhã, pega a “carga” de entorpecentes no interior do hotel próximo da praça. Um homem de 37 anos quem faz o repasse e ainda fica encarregado de fazer a venda aos diversos usuários que frequentam a praça da Bíblia, cobrando a quantia de R$ 20 reais por cada pedra de crack, já que as “pedras” que revende são maiores. Ele ainda afirmou, na presença dos militares, que este último gerencia e distribui, em determinados horários, todo o entorpecente que abastece o tráfico de drogas na região e que teria alugado dois quartos dentro do hotel. Assim, continuou ele, usaria um dos quartos para armazenar toda a droga do dia para ser comercializada. Diante das informações, os militares foram até o hotel, sendo recebidos por uma testemunha que trabalha no local, que franqueou a entrada dos militares, acompanhando as diligências preliminares no local. Os PMs foram até o quarto e bateram na porta, sendo atendidos pelo próprio suspeito, alvo da denúncia. Durante conversa, ele admitiu ter alugado ambos os quartos, reafirmando que usa um dos quartos para guardar a droga e repassá-la. Ele afirmou ser faccionado, que coordena o tráfico de drogas no local e que desde a sua chegada está “colocando ordem” na praça, não deixando outros tipos de crimes proliferar por ali. Ao realizar busca no quarto, foram encontradas diversas quantidades de entorpecentes, sendo 60 pedras de crack, embaladas para comércio, uma pedra grande da mesma substância, 49 buchas de maconha, R$ 1.101,35 em espécie, além de um caderno de anotações com toda a movimentação do tráfico. Eles ainda utilizam uma motocicleta Honda XR, cor preta, cedida em “penhora” por usuário de drogas que pegam entorpecentes com ele. O veículo também foi apreendido, já que é utilizado para fazer o transporte de entorpecentes. Diante dos fatos, foi dada voz de prisão aos autores, sendo lidos seus direitos e preservadas suas incolumidades físicas e mentais. Todo o material foi apreendido e encaminhado à Delegacia de Polícia Civil para as demais providências. Os autores foram conduzidos até a UAI do bairro Roosevelt, para atendimento médico. Depois foram conduzidos para a Depol, no bairro Martha Helena.
Por Cássia Bomfim
Imagem meramente ilustrativa