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Endometriose: doença que atinge 15% das mulheres em idade fértil

Um dos problemas mais comuns relacionados à saúde da mulher é a endometriose. Esse problema tem como característica o aparecimento do endométrio (tecido que reveste o útero) aparece em outros locais da cavidade abdominal. Ele pode se espalhar pelo intestino, bexiga e trompas e causa inflamações muito doloridas e hemorragias. Conforme os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a endometriose atinge 176 milhões de mulheres no mundo. No Brasil, são cerca de 7 milhões de pessoas, ou seja, em torno de 15% da população feminina do país.

De acordo com a ginecologista, Dra. Adriana Martins Boareto Carvalho, um dos principais sintomas da endometriose é a dor. “As cólicas são muito intensas e podem atrapalhar, inclusive, as relações sexuais. Além disso, podem acontecer sangramentos atípicos e intestino preso”, explica a doutora.

Em todas as fases da vida, a mulher deve se atentar às alterações na menstruação. “Desde o início da fase reprodutiva e até depois da menopausa a mulher precisa de acompanhamento médico. É fundamental perceber os sintomas no início para começar a tratar o quanto antes” afirma a ginecologista.

Fertilidade

O endométrio reveste o útero e permite que o embrião se fixe na parede uterina para o desenvolvimento do bebê. É por isso que a mulher com endometriose pode ter problemas relacionados à fertilidade. É também o endométrio que se descola da parede do útero para formar a menstruação, quando a fecundação não acontece. A endometriose pode causar também reações inflamatórias que levam a dificuldade de nidação e também em alguns casos a obstrução das tubas, impedindo a gravidez.

Tratamento

O tratamento para a endometriose consiste em medicações para amenizar os sintomas, devolvendo a qualidade de vida para a paciente. “A mulher com endometriose fica com certa incapacidade, já que as dores atrapalham nas atividades do dia a dia. Quando esses medicamentos não resolvem, a mulher precisa ser submetida à cirurgia. Nesse procedimento, o médico faz a retirada do endométrio dos locais inadequados”, finaliza Dra. Adriana.

Fonte: Kompleta Comunicação