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Quatro dicas para a gestante viajar de avião

Conheça os cuidados e os principais direitos das gestantes durante o voo

Com a chegada das férias, muitas gestantes planejam viajar de avião. No entanto, as futuras mamães devem estar atentas a saúde e aos direitos legais durante a viagem. “A Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abav) recomenda que a partir da 36.ª semana de gestação, mesmo sem complicações, a paciente deve ter atestado médico. A partir de 38 semanas, viagem de avião somente se acompanhada do médico, devido ao risco de trabalho e parto. Para aquelas que estão passando por sangramentos vaginais, diabetes, pressão alta ou antecedente de parto prematuro no passado com risco de nova ocorrência nesta gestação, a viagem não é indicada”, afirma *Renato de Oliveira, ginecologista e obstetra da Criogênesis.

O especialista alerta que durante a gestação a quantidade de sangue circulante aumenta cerca de 30 a 45%. Por esse motivo, ficar muito tempo na mesma posição dificulta o retorno venoso e causa inchaço, muitas vezes maior do que o já experimentado por pessoas não grávidas. “Para evitar esse incômodo, recomenda-se o uso de meia elástica, elevação dos membros e uma caminha a cada 2 horas, caso o voo seja longo. Outra dica importante é quanto à alimentação, que deve ser balanceada e com bastante hidratação”, orienta.

Abaixo, confira algumas dicas para a gestante aproveitar ao máximo a viagem, sem imprevistos ou surpresas:

Estresse: Para evitar o estresse é aconselhável que antes da viagem todas as reservas sejam feitas com antecedência: passagens, hotéis, aluguel de carro e inclusive assento do avião. Nesse sentido, é ideal escolher aqueles localizados próximo ao corredor, pois facilitam as idas ao banheiro. Dê preferência para malas leves e roupas confortáveis. Quanto aos possíveis atrasos, procure ler um livro ou ouvir músicas. Aproveite o tempo livre e prepare uma farmacinha para levar determinados medicamentos, conforme orientação prévia médica, que só podem ser comprados com receita médica fora do país;

Passeios: Chegando ao destino, dê preferência para atividades que não envolvam esforços físicos intensos. Caminhadas, visitas aos museus e restaurantes são sempre boas opções. Realize as compras que exigem pesquisas de preços ou produtos em dias alternados, pois a gestante poderá cansar mais rápido e não terá o mesmo ritmo de sempre. Em dias muito cansativos ou quentes, busque momentos de relaxamento, repousando ou colocando os pés para cima;

Alimentação e Hidratação: Principalmente durante viagens muito longas, é ideal que a grávida tenha uma garrafa de água para a hidratação. Mesmo fora da rotina, a gestante não pode se descuidar da alimentação, sendo ideal que a futura mamãe realize as principais refeições e que tenha sempre à disposição pequenos lanchinhos, como barras de cereal, frutas secas ou bolachas salgadas.

Vacinas: Apesar do temor de vacinar gestantes devido ao risco de anomalias fetais e aborto, os efeitos de uma doença infecciosa muitas vezes suplantam os eventuais riscos da vacinação. Dessa forma, vacinas inativas como difteria, tétano, influenza, hepatite B e coqueluche são seguras e podem ser utilizadas nas gestantes. Vacinas que contém vírus ou bactérias vivas, a princípio, devem ser contra indicadas, como varicela, sarampo, rubéola, caxumba, febre amarela, entre outras, exceto em situações nas quais o risco de adoecimento supere o risco teórico vacinal”, finaliza.

*Renato de Oliveira – Formado em Medicina no ano de 2007 na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Residência em Ginecologia e Obstetrícia entre 2009 e 2012 no Centro de Atenção Integral à saúde da Mulher (CAISM) na UNICAMP. Especialização médica em Reprodução humana na Faculdade de Medicina do ABC, entre 2012 a 2014. Ginecologista responsável pela área de reprodução humana da Criogênesis. Membro da equipe de infertilidade do Instituto Ideia Fértil. Participou de diversas publicações sobre endometriose, infertilidade e carcinoma no colo do útero.

Sobre a Criogênesis

A Criogênesis nasceu em São Paulo e possui mais de 15 anos de experiência no mercado brasileiro e é membro associado e acreditado pela AABB (Associação Norte Americana de Bancos de Sangue). A clínica é referência em serviços de coleta e criopreservação de células-tronco, medicina reprodutiva, gel de plaquetas e aférese, incluindo a diferenciada técnica de fotoférese extracorpórea. Sua missão é estimular o desenvolvimento da biotecnologia através de pesquisas, assegurando uma reserva celular para tratamento genético futuro. www.criogenesis.com.br

Fonte: Dezoito