(Dr. Bruno Leite Ferola – Coloproctologista do Hospital Santa Clara)
O câncer colorretal, apesar de pouco divulgado, é um dos mais frequentes do mundo. Afeta tanto homens, quanto mulheres e é também o tumor mais comum no aparelho digestivo. Estima-se que um a cada dez tumores diagnosticados é de origem colorretal. O risco de desenvolver a doença também está relacionado a alguns hábitos presentes em nossa vida. É possível, por exemplo, aumentar a prevenção com simples mudanças no seu dia a dia.
O câncer colorretal abrange os tumores que acometem o segmento do intestino grosso e o reto. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), são estimados mais de 36 mil novos casos ao ano no Brasil, sendo o terceiro tipo de câncer mais frequente entre os homens e o segundo entre as mulheres
De acordo com o coloproctologista do Hospital Santa Clara, Dr. Bruno Leite Ferola, é um câncer tratável e, na maioria das vezes, curável quando diagnosticado em estágios iniciais. “Grande parte destes tumores se iniciam a partir de pólipos (lesões benignas que surgem na parede do intestino grosso). Para identificar estas lesões iniciais é realizado um exame que detecta sangue nas fezes e, caso apresente, é necessário fazer colonoscopia. A colonoscopia é o exame realizado através de uma câmera onde é possível checar as lesões nas paredes intestinais”, explica o especialista.
Os sintomas do câncer colorretal nas fases mais avançadas variam desde mudanças no hábito intestinal, desconforto abdominal com gases ou cólica, sangramento nas fezes, sangramento anal e sensação de que o intestino não foi esvaziado após as evacuações. Podem ocorrer também sintomas gerais como cansaço, náuseas, vômitos e mal-estar.
Diferenciamos o câncer colorretal pela sua localização (parte direita do cólon, parte esquerda do cólon, ou reto), sendo esse um dos principais fatores que determina o tratamento. “O tratamento inicial se dá através de uma cirurgia onde retiramos a parte afetada do intestino e os nódulos linfáticos próximos a região. A cirurgia é feita, preferencialmente, por via laparoscópica, ou seja, sem grandes cortes. Além da cirurgia, a quimioterapia e radioterapia são armas importantes no combate contra este tipo de câncer. Porém, nem todos os pacientes precisarão desta etapa de tratamento” afirma o médico.
Os hábitos de vida saudáveis são necessários também para a prevenção do câncer colorretal. “Uma dieta rica em fibras, composta por alimentos como frutas, verduras, legumes e cereais é muito importante. Além disso, é essencial adotar um programa de triagem que envolve a realização de uma colonoscopia a cada cinco anos a partir dos 50 anos de idade ou idade mais precoce, dependendo de algum dos fatores de risco”, finaliza o coloproctologista.
Confira no vídeo do Santa Clara Responde, desse mês de junho, mais informações sobre esse assunto com o coloproctologista, Dr. Bruno Leite Ferola. Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=sW_9yCsM12A .
Kompleta Comunicação