Comemorado anualmente em 1º de outubro, o Dia Mundial do Idoso tem o objetivo de informar a sociedade sobre o envelhecimento e alertar sobre a importância de proteger e cuidar dos idosos.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população idosa não para de aumentar. No Brasil, esse número cresceu 18% nos últimos cinco anos e em 2017 o número de idosos ultrapassou os 30 milhões. Dado que tende a dobrar nos próximos 20 anos.
A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que até 2050 o número de idosos será maior que o número de pessoas jovens, nos países mais desenvolvidos. Ainda segundo a Organização, envelhecer bem deve ser uma prioridade global, já que haverá mais idosos no planeta que crianças menores que 15 anos. A expectativa é que em 32 anos sejam aproximadamente dois bilhões de idosos no mundo.
Para o geriatra do Hospital Santa Genoveva, Marcos Alvinair Gomes, a terceira idade se caracteriza por uma conjunção complexa de vivências anteriores, positivas e negativas, que nos oferece a possibilidade da maturidade com sabedoria e uma independência de podermos escolher o quê, quando e com quem e trazer essa reflexão é de extrema importância, uma vez que é uma ação preventiva no que tange a qualidade de vida. “Para podermos usufruir dessa suposta autonomia é importante que façamos investimentos permanentes nos cuidados com nosso corpo e com nossa mente. Um controle adequado dos hábitos como alimentação, atividade física, sono adequado, combate aos vícios como tabagismo e alcoolismo, controle de doenças crônicas como obesidade, diabetes, hipertensão, artrose, osteoporose entre outras, nos favorece a manutenção de uma melhor autonomia nas atividades de vida diária”, disse.
Segundo o médico, as doenças mais comuns aos idosos são as doenças psicossomáticas e as doenças crônico-degenerativas. “As mais citadas são a depressão, ansiedade e as doenças cardiocirculatórias, as artroses, a osteoporose e os cânceres em geral. As infecções como a broncopneumonia e as infecções do trato urinário são freqüentes nas causas de mortalidade nessa faixa etária”, completa.
Alvinair ainda afirma que os novos conhecimentos sobre os mecanismos fisiopatológicos do envelhecimento têm possibilitado interferir desde as idades mais jovens na forma e na velocidade em que ocorrem os fenômenos de degeneração celular. “Assim, podemos aperfeiçoar o controle de tendências genéticas à obstrução dos vasos sanguíneos a partir de hábitos saudáveis aplicáveis já na infância. Podemos minimizar a indução ao surgimento de células cancerosas interferindo na exposição a fatores promotores do câncer, como os raios ultravioletas ou o abuso de reposição hormonal. Podemos efetuar a prevenção do câncer nos grupos de risco como famílias com alta prevalência de câncer de mama, próstata ou intestino, dentre outras. Para os pacientes já adoentados a medicina atual provê recursos curativos e/ou paliativos, favorecendo em nível terciário a manutenção da vida mesmo em situações críticas como nos casos de isquemia coronariana, isquemia cerebral ou doenças malignas em geral”, finaliza.
Hospital
O Santa Genoveva possui um departamento de geriatria e gerontologia composto por dois geriatras titulados com grande experiência no tratamento dos idosos, tanto na prevenção, como na abordagem das principais síndromes clínicas que afetam a terceira idade. Além disso, possui equipe multidisciplinar nas áreas de nutrição, fisioterapia, fonoaudiologia, enfermagem diferenciada e apoio paralelo de cuidados intensivos, cirurgia e oncologia.
Prelo Comunicação