O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Uberlândia, ofereceu denúncia contra um homem de 38 anos, pela prática dos crimes de sequestro e cárcere privado, lesão corporal e ameaça dirigidos à sua companheira, com os agravantes de motivação fútil, relação doméstica e condição do sexo feminino.

De acordo com a denúncia oferecida pelo promotor de Justiça Bruno Carvalho Amaral Dias, o denunciado e a vítima foram casados por aproximadamente 12 anos, em uma que relação teria sido permeada por agressões físicas. A vítima até então não teria registrado ocorrências em virtude das ameaças de morte contra ela e contra seus familiares.

No dia 7 de outubro deste ano, prevalecendo-se das relações domésticas e por razões fúteis, o denunciado agrediu a companheira com socos, chutes e mordidas, ocasionando-lhe diversos problemas de saúde, como coágulos na área da face e indícios de paralisia parcial em um dos lados do rosto.

Após o ocorrido, o casal se separou e foi concedida medida protetiva de urgência em favor da vítima. Mesmo assim, o denunciado trancou a vítima em um quarto da residência do casal por mais de 24 horas, sem alimentação, água ou direito de usar o banheiro.

No dia 19 de outubro, a vítima recebeu ligação telefônica de um terceiro, perguntando se a casa em que morava estaria à venda, uma vez que se encontrava abandonada. Acreditando que o ex-companheiro também havia deixado o lar, ela foi até o local buscar roupas e pertences pessoais, mas foi surpreendida com a chegada do denunciado, que passou a agredi-la e ameaçá-la. As agressões só cessaram com a aproximação da polícia e a fuga do agressor.

No dia seguinte, o acusado enviou dez áudios pelo WhatsApp fazendo ameaças, inclusive de morte, o que levou a vítima a não mais comparecer ao próprio local de trabalho. As ameaças por meio do aplicativo de mensagens continuaram no início de novembro, quando foram enviados mais sete áudios, além da imagem de uma faca. O denunciado ainda se utilizou de um número confidencial para ligar para a ex-companheira, sempre fazendo ameaças.

Atualmente, o réu encontra-se em prisão cautelar.

Fonte: MPMG- ministério público de Minas Gerais