Com apoio da Prefeitura de Uberlândia, paulista Altave anunciou construção de nova unidade na cidade com previsão para operar a partir de 2019
Com apoio e participação da Prefeitura de Uberlândia na captação do empreendimento, a paulista Altave, com sede em São José dos Campos (SP), informou, na tarde desta terça-feira (25), o investimento inicial de R$ 16 milhões para trazer a maior parte da produção de balões cativos (voltados para monitoramento e conectividade) para a segunda maior cidade de Minas Gerais. O anúncio da nova indústria ocorreu no local em que a planta da empresa será instalada, no bairro da Granja Marileusa. O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo, Dilson Dalpiaz, esteve no evento e representou o prefeito Odelmo Leão.
O novo empreendimento, cuja atração ocorreu mediante os esforços conjuntos pelo poder público e entidades parceiras da sociedade civil (no decorrer de um ano), deve começar operar na cidade nos primeiros meses de 2019. A expectativa é que 50 postos de trabalho direto sejam criados nos próximos quatro anos. “Essa é mais uma conquista para Uberlândia que não acontece por acaso. Revela a pujança do ecossistema de inovação do município, que justifica também, por exemplo, a realização bem sucedida do Congresso Internacional de Tecnologia, Inovação Empreendedorismo e Sustentabilidade (Cities). É um empreendimento que vai gerar empregos especializados e que, ao fim, soma com a nova mentalidade empreendedora da cidade volta à tecnologia e inovação”, salientou Dalpiaz.
A Altave é a única indústria aeroespacial brasileira a fabricar balões cativos para monitoramento e conectividade com atuação no Hemisfério Sul atualmente. Também chamados de aeróstatos, os balões cheios de ar quente (ou gás) da empresa levam equipamentos utilizados para segurança (servindo como pontos de observação móvel) ou para conexão à rede mundial (com captura de sinais de internet com distribuição de conexão nas áreas escolhidas). A empresa criada em 2011 tem como fundadores dois engenheiros formados pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e já conta também com uma unidade no estado do Texas (Estados Unidos). Dentre os diversos trabalhos realizados pela empresa com os produtos, destaca-se a participação nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, em que os balões foram utilizados para monitoramento.
Posição estratégica
Durante o anúncio, o sócio-fundador da Altave, Bruno Avena, destacou os pontos positivos que fizeram com que Uberlândia fosse escolhida para receber nova fábrica da empresa em detrimento de outros municípios. “A cidade oferece boa infraestrutura, tem mão de obra qualificada e está em ponto estratégico para o tipo de negócio, que focará em clientes da área de agronegócio e mineração. Além disso, contou bastante o suporte das instituições locais e a questão tributária”, disse.
Ainda em 2017, o prefeito Odelmo Leão sancionou uma lei que permitiu a redução da alíquota do Imposto Sobre Serviços (ISS) de 3% para 2% a qualquer empresa tecnológica que estiver instalada ou se instalar no Município.
Secom PMU