Com três dias de programação, III Seminário Neabi vai abordar pontos como as políticas afirmativas e as cotas raciais para ingresso no ensino superior
Na próxima semana, entre os dias 19 e 21 de setembro, o Campus Uberlândia Centro, do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM), será palco de uma importante discussão. Nessas datas acontece o III Seminário Neabi, que traz como tema em 2018″O Racismo Institucional e a Permanência do Pensamento Colonial na Escola”. O objetivo do evento é envolver a comunidade escolar na reflexão sobre como se manifesta o racismo nas estruturas de organização da sociedade e das instituições, em especial na escola.
Organizado pelo Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e indígenas (Neabi), do Campus Uberlândia Centro, o evento vai contar com palestras, mesas-redondas, rodas de conversas e oficinas, sempre envolvendo estudiosos tanto do IFTM, quanto de outras instituições, como a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e Unicamp. O evento é voltado para estudantes do Campus, sobretudo aqueles do Ensino Médio Integrado ao Técnico, e sua realização atende à Lei 11.645/2008, que tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas, públicas e particulares, do ensino fundamental até o ensino médio.
A abertura do evento acontece no dia 19, às 8 horas da manhã, e contará com uma apresentação cultural da peça “Gritaram-me Negra”, além da entrega do prêmio para a estudante Hagata Eduarda, do 3º ano do curso técnico de Computação Gráfica, que desenhou a logomarca do evento para este ano. A primeira palestra programada será ministrada pelo professor mestre João Augusto Neves, doutorando da Unicamp, e terá vai abordar justamente o tema do evento, “O Racismo Institucional e a Permanência do Pensamento Colonial na Escola”.
Ao longo dos três dias de evento serão ofertadas sete oficinas para os participantes com temáticas diferentes. Na manhã de abertura, por exemplo, o hall de entrada do Campus recebe uma oficina de capoeira. Ao longo dos demais dias de evento, serão abordados outros temas, entre eles o racismo religioso e a marginalização da mulher negra na história.
A coordenadora do Neabi do Campus Uberlândia Centro, professora doutora Sirley Cristina Oliveira, aponta que tipo de questões serão abordadas ao longo dos três dias de evento. “Partindo do princípio que a escola não é um organismo neutro e nem imparcial, torna-se importante pensar como a educação afro racial e indígena é projetada no ambiente escolar. De que forma, por exemplo, a escola reproduz a intolerância e o preconceito? Qual o lugar das manifestações culturais da população negra e indígena na Escola? É possível projetar uma escola para a diversidade e o reconhecimento das populações socialmente excluídas?”, reflete a coordenadora.
Assessoria de comunicação IFTM Campus Uberlândia Centro