PCMG identifica suspeito de Minas Gerais procurado pela Interpol
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em atuação na Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) em Governador Valadares, foi responsável por indicar a real identidade de um dos sete presos na operação Hermes, deflagrada no último 29 de março, no Rio de Janeiro.
Trata-se de um líder de uma organização criminosa atuante na cidade mineira, foragido por envolvimento em estelionato contra idosos, lavagem de dinheiro, organização criminosa, tráfico de drogas e homicídios.
Durante a operação policial, ele também foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo, já que em sua residência foram encontradas duas pistolas com numeração raspadas, além de dois veículos roubados.
O nome verdadeiro do suspeito consta na lista vermelha de procurados da Interpol por homicídio, uma vez que ele teria fugido para Portugal. Laudo de exame de confronto papiloscópico produzido pelo Instituto Nacional de Identificação da Polícia Federal comprovou a verdadeira identificação do foragido na justiça de Minas Gerais.
Operação Hermes
A ação policial foi deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), com apoio da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ). A operação teve como finalidade desarticular um grupo criminoso que enganou idosos com a falsa promessa de lucros na revenda de cotas e títulos de um clube de viagens, o qual funciona há várias décadas.
As vítimas eram atraídas por sites falsos da empresa na internet e contatadas via ligações telefônicas por pessoas que se passavam por funcionários, os quais alegavam que as cotas do clube estavam muito valorizadas e que havia grandes redes de turismo nacionais e internacionais interessadas em adquiri-las, oferecendo para revendê-las.
Para tanto, falsas empresas de turismo e do clube de viagens, além de pessoas se passando por empregados de instituições bancárias, enganavam os titulares através da cobrança de altas taxas (averbações, escrituras, câmbio, débitos aéreos e marítimos, traslados) como forma de atualizar e transferir as propriedades das cotas. Os suspeitos também encaminham documentos falsos para a residência das vítimas, com o intuito de dar veracidade às falsas alegações.
Pelo menos 15 pessoas e sete empresas compõem a organização criminosa e estima-se que eles atuam há mais de nove anos.
Foram cumpridos sete mandados de prisão temporárias e 15 de busca e apreensão nas residências dos suspeitos, bem como em empresas. Foram apreendidos aparelhos celulares, dispositivos eletrônicos, quatro veículos, uma motocicleta, três armas de fogo, documentos falsos, munição, dinheiro em espécie.
A operação foi denominada Hermes em referência ao deus grego das viagens.
Fonte: ASCOM-PCMG