Artigos

Aumento da próstata pode indicar câncer?

A hiperplasia benigna da próstata é uma doença caracterizada pelo aumento progressivo da glândula prostática e consequente estreitamento do canal uretral, resultando em sintomas que dificultam a passagem da urina. Esses sintomas podem ser confundidos com sinais de câncer prostático e o urologista Dr. Fábio Santos Pereira de Almeida esclareceu sobre essa questão.

O especialista explica que a próstata é uma glândula do sexo masculino, localizada na frente do reto e em baixo da bexiga. Normalmente, ela apresenta um volume de 20g e desempenha importante função no sistema reprodutor masculino, que é a produção do líquido prostático, responsável por nutrir os espermatozoides.

De acordo com o médico, quando esse órgão aumenta de tamanho, pode causar sintomas como: jato urinário fraco e interrompido, esforço urinário, sensação de esvaziamento vesical incompleto, demora ou dificuldade para iniciar a micção, aumento da frequência urinária durante o dia, acordar várias vezes a noite para urinar, dor ou queimação no ato da micção, sensação de urinar com urgência.

O Dr. Fábio afirma que embora esses sintomas sejam semelhantes ao de câncer prostático, a hiperplasia é uma doença benigna, sem possibilidade de evoluir para o câncer. “O urologista irá diferenciar essas doenças através de uma avaliação adequada, que pode ser realizada por meio do exame de imagem, ou exames complementares como PSA, toque prostático, exame de creatinina e de urina”, esclarece o médico.

Ele afirma que a causa dessa doença ainda é desconhecida, mas alerta para alguns fatores que podem contribuir para seu aparecimento. “Envelhecimento, alterações genéticas, histórico familiar, presença de níveis elevados de testosterona na corrente sanguínea, diabetes, obesidade e tabagismo são fatores que devemos ficar atentos”, adverte o urologista.

Apenas 10% dos pacientes com hiperplasia benigna da próstata necessitam recorrer ao tratamento cirúrgico, de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia. “Em caso de sintomas leves de dificuldade urinária, o paciente deve ser apenas acompanhado, com avaliações periódicas. Se os sintomas prejudicam a qualidade de vida do paciente, o tratamento medicamentoso deve ser indicado e na falha dos medicamentos em corrigir a dificuldade urinária, ou se já existirem complicações da hiperplasia, a cirurgia deve ser indicada”, esclarece o especialista.

Embora a doença seja benigna, o desconforto pode ser evitado por meio de algumas práticas diárias. “Fatores como ter uma vida saudável, com dieta equilibrada, atividade física regular e evitar o tabaco diminuem as chances de apresentar essa complicação. Importante também procurar o urologista com frequência após os 40 anos de idade”, finaliza o urologista, Dr. Fábio Santos Pereira de Almeida.

Fonte: Kompleta Comunicação