Forças de segurança da Risp de Contagem instituem rede de monitoramento de explosões de caixas eletrônicos
Protocolo integrado de atuação, apresentado pela Secretaria de Estado de Segurança Pública durante workshop operacional sobre ataques, encerra encontros na RMBH; Sete Lagoas e Vespasiano receberam reuniões na última semana
Representantes das forças de segurança que atuam nos 18 municípios da Região Integrada de Segurança Pública (Risp) de Contagem estiveram presentes no Workshop Operacional sobre Explosões de Caixas Eletrônicos, coordenado pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp). O encontro, realizado na manhã desta segunda-feira (22.04), em Contagem, encerra a série de reuniões na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e no Colar Metropolitano – que engloba as cidades do entorno da RMBH. O objetivo é a criação de redes locais de monitoramento, sob a coordenação da Sesp, formadas por representantes de 13 instituições de segurança estaduais e federais, com atuação nas respectivas regiões. Esses atores terão a missão de ampliar o compartilhamento de informações sobre o crime entre as instituições e formular ações coordenadas com todo o Estado.
Na semana passada, a equipe da Sesp apresentou o protocolo integrado de atuação para representantes da Risp de Sete Lagoas e da Risp de Vespasiano. Até o momento, no interior, o encontro foi promovido em Ipatinga, Divinópolis, Patos de Minas, Uberlândia, Uberaba, Poços de Caldas, Pouso Alegre e Lavras. A Sesp está levando a iniciativa para as 19 Risps do Estado.
Em Contagem, cerca de 50 pessoas, incluindo policiais civis, militares, rodoviários federais, bombeiros, guarda municipal, gerentes de instituições bancárias de Contagem e região, além de representantes do Sistema Prisional e Ministério Público, conheceram mais sobre o protocolo integrado de atuação em caso de explosões. Os participantes assistiram palestras sobre a metodologia de trabalho do Subgrupo de Trabalho Operacional sobre Explosões de Caixas Eletrônicos, conheceram os mecanismos de segurança adotados por instituições bancárias e compartilharam informações sobre a atuação específica de cada corporação no combate aos ataques.
Em cada cidade que recebe o workshop são criados grupos de profissionais que ficarão responsáveis por realizar um trabalho específico e voltado para o acompanhamento, prevenção e apuração de explosões de caixas eletrônicos. A intenção é que com esses grupos haja um estreitamento do diálogo entre as polícias e as instituições bancárias em todas as regiões mineiras.
O subsecretário de Integração de Segurança Pública, Cel. Luiz Caçadini, destacou que para atuar com inteligência é preciso unir forças, antecipando os fatos. O subsecretário explicou que será elaborado, também, um cronograma de capacitações integradas. “Estamos trabalhando para aumentar a sensação de segurança da sociedade, coibindo estes crimes. Já tivemos muitas conquistas, os índices do Estado estão em queda, mas queremos reduzir cada vez mais”, afirmou.
O chefe do 2º Departamento de Polícia Civil de Contagem, delegado Rodrigo Bustamante, compartilhou com o grupo as principais ações do trabalho investigativo nestes casos, observando a importância da proteção da cena do crime para o trabalho pericial. “A preservação desses locais auxilia no levantamento de provas, assim como o levantamento das imagens do entorno, auxiliando no desmantelamento dessas quadrilhas”, detalhou.
Índices de criminalidade
Seguindo a tendência estadual, Contagem também apresenta queda em seus índices de criminalidade. O município apresentou 2.816 registros de crimes violentos no primeiro trimestre de 2018, contra 2.051 neste ano, uma redução de 27%. Na 2ª Risp, de Contagem, composta por outros 18 municípios, ocorreram dez ataques a instituições financeiras com uso de explosivos em 2017, e nenhum registro em 2018, seguindo a tendência este ano. Já a cidade de Contagem apresentou dois registros em 2017 e nenhum em 2018.
“Graças aos trabalhos desenvolvidos pelas polícias, em parceria com os bancos, 2018 apresentou o menor índice de ataques, no Estado, nos últimos anos. O Estado de Minas tem sido pioneiro nesta metodologia de combate integrado”, destacou Clodoaldo Araújo, coordenador de segurança do banco Itaú.
Fonte: SESP – Assessoria de Comunicação