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Boletim climático prevê maior pressão de doenças no segundo semestre

Posted on 13 de julho de 2018

Marco Antônio do Santos – Agrometeorologista da

Rural Clima, parceiro UPL

Com a safra 2017/18 praticamente encerrada, faltando apenas a real definição da safra de milho safrinha, que já está em pleno andamento da colheita e com mais de 50% das áreas colhidas no Brasil, o que se observa no campo, são índices de produtividade, realmente mais baixos quando comparados aos resultados da safra passada. Como já havíamos previsto, a forte estiagem ocorrida entre os meses de abril e maio deste ano, causou sérios danos à produtividade e com isso, o Brasil deverá colher uma safra bem menor de milho esse ano. Entretanto, quando se fala de soja e algodão, o assunto é bem diferente. As excelentes condições climáticas resultaram numa produção recorde para a oleaginosa e o algodão caminha para um novo recorde de produção neste ano. O arroz, também teve perdas significativas ao longo dessa safra, visto que as chuvas acima da média e, principalmente ininterruptas durante o começo da primavera ocasionaram um atraso no plantio e consequentemente perdas do potencial produtivo das plantas.

Com relação às lavouras de inverno, em especial o trigo, a perspectiva é que o Brasil venha a colher uma boa safra, já que o clima tem tudo para colaborar com a cultura, como iremos ver nos próximos parágrafos. O problema é que devido a inúmeras perdas que os produtores tiveram nas últimas safras, a área a ser cultivada com o cereal de inverno será menor esse ano, o que irá conferir uma produção menor, mesmo em um ano onde o clima tem tudo para ser bem benevolente.

Para as culturas perenes, como café, cana-de-açúcar e citros, a forte estiagem ocorrida entre os meses de abril e maio em grande parte da região Sudeste, provocou uma queda no potencial produtivo das lavouras. Porém, apenas a cana-de-açúcar é que terá uma produção inferior se comparada à safra passada. Isso porque além do clima não ter colaborado muito com o desenvolvimento da cultura, a idade dos canaviais está alta e o emprego de tecnologia caiu muito nesses últimos 2 anos. Já o café e citros deverão apresentar produção superior a de 2017. Além disso, espera-se também uma qualidade superior.

Portanto, com o fim da safra 2017/18, os produtores já começam a se planejar para a próxima safra, que se inicia no próximo mês de agosto. E segundo os modelos de previsão climática a tendência é que o clima venha a ser novamente bastante favorável ao desenvolvimento das lavouras, visto que não há nenhum indicativo de que até o final deste ano venha a se formar qualquer fenômeno climático (El Niño/La Niña) no Oceano Pacífico. Porém, as águas da região equatorial do Pacífico estão em gradativo aquecimento – ainda um pouco distante para que venha a se formar um El Niño, mas há uma possibilidade de que esse fenômeno venha a ocorrer entre o final deste ano e, principalmente, no começo do verão/19.

Com o Pacífico em gradativo aquecimento a tendência é que as chuvas neste ano venham a ocorrer dentro da normalidade em todas as regiões produtoras. Ou seja, já em setembro deverá acontecer as primeiras pancadas de chuvas no sudeste e centro-oeste, permitindo que os produtores consigam iniciar o plantio da soja já na segunda quinzena de setembro. Assim que terminar o vazio sanitário. Entretanto, deve-se salientar que essas primeiras chuvas ainda serão bastante irregulares e, portanto, não serão todos os produtores que deverão conseguir iniciar o plantio em setembro. Mas é fato que não ocorrerá um atraso na regularização do regime de chuvas, como em 2017. Bom também para a cultura do milho 1ª safra, semeado, principalmente na região Sul do Brasil. Já que em agosto a tendência é que venham ocorrer bons episódios de chuvas, dando plenas condições a plantio e desenvolvimento das lavouras.

No MATOPIBA e Pará as chuvas também deverão ocorrer no começo do mês de outubro, entretanto, como é normal para essa região do país, a regularização do regime de chuvas só deverá ocorrer, de fato, ao longo da segunda quinzena de outubro. O que é fantástico para os produtores.

Além disso, para a cultura do trigo, não há nenhuma perspectiva de que venham ocorrer longos períodos de invernadas durante os meses de setembro a novembro e com isso, prejudicar a colheita e sobretudo, a qualidade dos grãos, como vem ocorrendo nas últimas duas safras. O que trará bons rendimentos aos produtores.

E como há a previsão de que as chuvas comecem mais cedo esse ano, em comparação com a safra passada, e principalmente há previsões de algumas pancadas de chuvas já no mês de agosto em boa parte do cerrado brasileiro, a tendência é que a pressão para doenças se mantenha alta ao longo de toda a safra 2018/19, já que não há nenhum indicativo de que venham ocorrer longos períodos de estiagem para neutralizar o desenvolvimento dos esporos. E a situação poderá ficar ainda mais complicada para os produtores, já que com há também a tendência de que as temperaturas se mantenham mais elevadas nesse segundo semestre, o que proporciona condições essenciais ao desenvolvimento dos fungos.

Assim, o produtor, novamente, como ocorreu na safra passada, terá que monitorar muito bem as suas áreas, para que obtenha altos rendimentos.

Para finalizar, os Estados Unidos finalizaram um dos melhores plantios de grãos dos últimos 20 anos. Há muito tempo, as condições meteorológicas não eram tão benéficas para um plantio, como nesta safra. Por isso, que as condições das lavouras de soja, milho e algodão estão bem superiores a de safras passadas. Conferindo excelentes perspectivas de produção para essa nova safra norte-americana. Entretanto, nem tudo são boas notícias aos norte-americanos. Por conta de um clima neutro, há uma tendência que entre os meses de julho e agosto venham ocorrer alguns períodos de estiagem sobre as principais regiões produtoras de grãos, reduzindo os percentuais de lavouras em condições boas a excelentes e assim, podendo alavancar os preços das commodities na bolsa de Chicago.

Mas como desde o começo do plantio até esse mês de junho, as chuvas foram frequentes e em bons volumes, os solos apresentam boa reserva hídrica, o que dará condições a um desenvolvimento razoável das lavouras de grãos norte-americanas. Conferindo no final, uma produção de soja superior à da safra 2017/18.

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