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DOMINGOU

Autor: José Airton Oliveira

Aqui chegou com sol, é domingo, eu me apresento com a minha fé, um espaço para oração, busco a Luz, dou graças. Nesse dia que se inicia, começo de uma nova semana, peço para todos proteção. Dia como esse me vem boas lembranças, aquele longicuo tempo de crianças, de muita gente linda que foi para o céu e os que aqui estão que raramente eu vejo. Ah, vida que passa e não retorna, que nos impede de correr por aí sem entender nada, como cantou o poeta, correndo coma a alma atarantada, para já num tempo duro, adulto, achar que entende tudo. O mundo se tornando sisudo, passamos a enxergar mais absurdos. Queria voltar, como faz o sol todos os dias, sentar junto à minha saudade e brincar, ter aqueles primos, os amigos de infância, um dia de macarrão com muito queijo, aqueles olhos que olhei mesmo antes de decifrar o amor, o humano calor, praticado nos ajuntamento, os pães de queijo fumegante, bolo de fubá, aquilo tudo que ficou por lá, naquele passado que se foi tão rápido. Agora estou aqui, diante de uma missa com cantoria que acontece na televisão rezando aos céus, pedindo amor, reivindicando cuidados, pedindo perdão, coração revirado. Eu queria poder voar, passar em cada um dos lugares que tem alguém que amo, juntar todos como numa fotografia e ser feliz, porque sei que eu colheria em cada dos personagens um riso feliz, essa felicidade do ajuntar. Eu quero de novo um domingo de “pé de cachimbo”, de vó, de primos, de felicidades. Vou ali, dentro do meu coração buscar esse recordar é agr aa dever por tanta felicidade tão bem aproveitada. Vale Senhor, damos graças!

Imagem meramente ilustrativa