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Tratamento a laser é nova solução para atrofia genital

A atrofia genital é um sintoma comum após a menopausa, resultado da queda do nível de estrógeno no organismo da mulher. Essa alteração reduz a elasticidade do tecido vaginal, o deixa mais seco e fino, além de provocar desconfortos para urinar, falta de lubrificação vaginal e corrimentos.

Para o tratamento é indicada a reposição estrogênica (oral, percutânea, transdérmica ou vaginal), hidratantes vaginais e lubrificantes. Atualmente, é possível, também, utilizar tratamentos a base de energia que incluem a radiofrequência e o laser. A ginecologista Márcia Heloísa Fogaça esclareceu as dúvidas sobre o tema:

Como é feito o procedimento a laser?

Dra. Márcia Heloísa: O tratamento a laser hoje é uma das inovações terapêuticas, principalmente, para as que não podem ser submetidas à reposição hormonal. O laser age na lâmina própria da parede vaginal, que corresponde a derme da nossa pele, estimulando por efeito térmico, proteínas existentes no interior dos fibroblastos a produzir colágeno. O procedimento é simples e rápido, não durando mais do que quinze minutos, indolor, ocorrendo apenas uma leve sensação de calor local.

Quem pode fazê-lo? Há alguma contraindicação?

Dra. Márcia Heloísa: É um procedimento contraindicado para gestantes, mulheres portadoras de doenças sexualmente transmissíveis ou que apresentem mudanças no último exame colpocitológico, inflamação na vulva ou doenças relacionadas à coagulação.

Quais os resultados após o laser e em quanto tempo eles se manifestam?

Dra. Márcia Heloísa: São reavaliados os parâmetros do tratamento a cada nova aplicação. Na maioria dos casos resolve-se o quadro em duas sessões com intervalos de 30-45 dias entre elas. Nas atrofias mais acentuadas podem ser necessárias três sessões. A resposta clínica pode durar de 12-18 meses. Com o ressurgimento dos sintomas, a paciente será reavaliada e um novo tratamento deverá ser indicado. É uma alternativa segura e viável para as mulheres na menopausa, as quais, podem se beneficiar com um tratamento não hormonal.

Fonte: Kompleta Comunicação