Artigos

Grupos antitabagismo conscientizam comunidade sobre riscos do cigarro

Iniciativa da Secretaria de Saúde vai de encontro ao objetivo do Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado na quinta-feira (29)

Há dois meses, os hábitos e a qualidade de vida do auxiliar em serviços gerais Carlos da Silva, de 60 anos, são diferentes. A alimentação mudou e o fôlego para a realização de várias atividades do dia a dia é maior. Essas mudanças aconteceram a partir de uma palestra – promovida pela equipe de saúde do ambulatório da Unidade de Atendimento Integrado (UAI) do Planalto – que Carlos assistiu na empresa que trabalha. O assunto era o abandono do cigarro, seguido de um convite para participar do grupo de auxilio antitabagismo da unidade de saúde.

“Assisti à palestra das enfermeiras numa sexta-feira e fique pensando no assunto. Na segunda-feira, procurei a unidade e me inscrevi no grupo mesmo não acreditando que era possível. Afinal, são 45 anos fumando uma média de três maços por dia. Mas vi que com a ajuda dos profissionais da unidade, junto de orientação, apoio e força de vontade, somos capazes de abandonar o cigarro”, contou.

Os grupos antitabagismo nas unidades básicas de saúde são uma iniciativa da Secretaria Municipal de Saúde e surgiram para oferecer ajuda àquelas pessoas que querem abandonar de vez o cigarro. A proposta vai ao encontro com os objetivos do Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado na quinta-feira (29), ao reforçar os danos causados pelo tabaco junto à população.

A reunião do grupo do ambulatório da UAI Planalto acontece de 15 em 15 dias, onde é oferecido apoio, palestras e a abordagem dos três tipos da dependência, conforme explicou a coordenadora da unidade, Fernanda Mota.

“A dependência acontece em três etapas: nicotina, psicológica e a comportamental. Trabalhamos essas três com técnicas, mudanças de atividade e, inclusive, fazemos uma dinâmica simbolizando a autópsia e o enterro do cigarro, quando estamos falando da dependência psicológica. Percebemos que eles se interessam mais”, destacou.

O grupo antitabagismo ainda oferece um acompanhamento multiprofissional, com clínico geral, enfermeiros, dentista e psicólogos. Além da unidade do ambulatório da UAI Planalto, as UBSFs Canaã I e III, Taiaman II, Jardim Botânico e Santa Luzia realizam o trabalho junto à comunidade. Nos últimos dois anos, foram iniciados 54 grupos com mais de 800 participantes.

A expectativa é que, em breve, a realização dos grupos seja expandida, conforme explica a referência técnica do tabagismo, Juliana Rosa da Silva. “Estamos com vários grupos em diferentes regiões da cidade. Nosso intuito é oferecer o auxilio em todos os setores da rede e estamos trabalhando para isso, com a capacitação dos profissionais”.

Pela saúde e bem-estar

O tabagismo é a principal causa de morte evitável em todo mundo, sendo responsável pela maioria dos óbitos relacionados às doenças crônicas não transmissíveis e por doença pulmonar crônica (bronquite e enfisema). Além disso, o fumo é um dos maiores causadores de diversos tipos de câncer, como de pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga, colo de útero, estômago e fígado.

Os interessados em participar dos grupos antitabagismo podem procurar a unidade básica de saúde referência ao local onde mora e se informar sobre as vagas disponíveis nas seis UBSFs que realizam os grupos.

Fonte: Secom PMU