Por: Dra. Eline Assad – Psiquiatra
A novidade mais polêmica na Psiquiatria é a inserção do Diagnóstico de Vício em vídeogame na atualização do CID-11 (Classificação Internacional de Doenças) pela OMS (Organização Mundial de Saúde). Pela primeira vez, o vício em videogames foi incluso como perturbação mental.
É um diagnóstico muito atual e que pode atingir todas as idades, e pode trazer prejuízo ao indivíduo em todas as áreas (familiar, social, educacional, profissional) por mais de 12 meses. O paciente é diagnosticado quando há uma perda de controle diante da vontade de jogar e ele deixa de fazer as outras atividades para exercer esta atividade.
A questão discutida entre os profissionais de saúde mental é sobre o impacto negativo que esse diagnóstico pode causar em termos de matéria médica, científica, de saúde pública ou social, por causa do pânico moral que o estabelecimento de um diagnóstico prematuro ou tratamento de casos falsos positivos podem acarretar na vida de jogadores saudáveis em todo o mundo.
A dica é ficar atento se há um padrão contínuo ou recorrente de não conseguir controlar o desejo e a necessidade de jogar quanto ao início, frequência, intensidade, duração, finalização e contexto em que se joga, bem como, se há negligência de outras áreas vitais em prol do videogame e buscar ajuda profissional caso identifique tais prejuízos.
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