Cobertura vacinal desse público costuma ser uma das mais baixas; proteção da mãe durante a gestação reforça a imunidade dos bebês
A tarde desta quinta-feira (25) foi de capacitação para profissionais e estudantes da área da Saúde. O Programa de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde realizou, em parceria com a multinacional farmacêutica GSK, uma palestra junto a trabalhadores das redes pública e privada sobre a importância da vacinação em gestantes. O encontro ocorreu no Auditório Cícero Diniz, no Centro Administrativo Virgílio Galassi.
“Nós, infelizmente, ainda temos algumas doenças que podem ser transmitidas principalmente para os bebês. Para o município de Uberlândia, essa questão de atualização dos profissionais de saúde e da intensificação da vacinação em gestantes é de suma importância porque nós estamos pensando na prevenção de doenças, tanto para gestantes quanto para os seus bebês. O nosso objetivo é trabalhar intensivamente com a prevenção”, explicou a coordenadora do programa, Claubia Oliveira.
A capacitação foi conduzida pela gerente científica da GSK e farmacêutica, Esthefanie Ribeiro. Ela focou o trabalho nas vacinas específicas para gestantes que constam no calendário do programa nacional de vacinação- tríplice bacteriana (a dTpa, que é contra difteria, tétano e coqueluche), influenza e hepatite B.
“A gente tem vários calendários de vacinação no país e um dos mais importantes é o das gestantes, porque algumas das vacinas protegem não apenas a mãe, mas também o bebê pelos primeiros seis meses de vida. A cobertura não é muito alta no Brasil para esse público. Atualizar-se nesse assunto, reforçar alguns pontos é sempre importante”, reforçou a especialista.
A enfermeira Mariana Alves Machado Ribeiro concorda. Atuante junto a equipes da Gerência Regional de Saúde, ela viu na capacitação uma oportunidade de melhoria no atendimento a gestantes. “É sempre importante a gente se aprimorar nos conhecimentos sobre a vacinação, principalmente com as gestantes, um grupo prioritário tão difícil de ter a coberturas vacinais atingíveis. Queremos fortalecer as práticas da saúde juntos aos nossos municípios.”
Estudante de enfermagem, Roberta Bernardes participou da reunião para aprender mais sobre a área. “Lidar com gestantes é um dos meus focos profissionais e eu vim aqui porque acredito que é importante ter uma noção de como vai ser essa vivência de vacinação”, comentou.
Quais são as vacinas que a gestante deve tomar?
Tríplice Bacteriana – (dTpa- difteria, tétano e coqueluche)
– Proteção: além da proteção contra a coqueluche, a vacina dTpa também protege contra o tétano neonatal, infecção que pode ocorrer com instrumentos inadequados/contaminados usados para cortar o cordão umbilical.
– Quando tomar: gestantes da 27ª à 36ª semana de gestação
Influenza (gripe)
– Proteção: essa é uma das vacinas mais importantes durante a gestação. Além de proteger a mulher do vírus da gripe normal, também evita o desenvolvimento de quadros mais graves.
– Quando tomar: em qualquer mês da gravidez ou em até 45 dias após o nascimento do bebê para aquelas que não tomaram durante os nove meses, em uma dose única. Lembrando que está em andamento a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza. Até 31 de maio, integrantes dos grupos prioritários, incluindo gestantes e puérperas, podem procurar uma das 73 salas de vacinação disponíveis em Uberlândia para se imunizarem gratuitamente. No dia 4 de maio, também haverá o Dia D, uma data de reforço da mobilização.
Hepatite B
– Proteção: a hepatite B não apresenta sintomas bem definidos, mas o indivíduo que contrair a doença pode ter vômito, dores musculares, náuseas e mal-estar (sintomas pertinentes a outras complicações também). A infecção durante a gravidez é uma via comum de transmissão, então é importante evitar que a mãe se infecte e não transmita ao feto ou ao recém-nascido. Crianças infectadas com hebatite B podem apresentar cirrose hepática e câncer hepático na fase adulta.
– Quando tomar: a vacina deve ser administrada em três doses, preferencialmente a partir do segundo trimestre da gestação. Se a gestante já foi vacinada anteriormente, não há necessidade de reforço na gestação.
Fonte: Secom PMU