Jovens de 10 a 17 anos diagnosticados com este problema na coluna vertebral podem receber acompanhamento na Faculdade de Educação Física e Fisioterapia da UFU
Diagnóstico é mais comum em pessoas do sexo feminino; tratamento inclui prescrição de exercícios a serem feitos em casa.
Coordenado pelo professor Frederico Tadeu Deloroso e com a participação de dois acadêmicos do curso de graduação em Fisioterapia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), um projeto desenvolvido no Campus Educação Física oferece uma opção de tratamento fisioterápico a adolescentes que sofrem com fortes dores por conta de uma patologia. Caracterizada como um desvio lateral da coluna vertebral acima de 10 graus, acompanhada por rotação do corpo vertebral, a Escoliose Idiopática do Adolescente (EIA) é diagnosticada em indivíduos com idade igual ou superior a 10 anos e sua progressão está relacionada à fase de estirão do crescimento, principalmente na puberdade.
A maior incidência se dá nas meninas, numa proporção de 1/3 daquelas com 10 a 14 anos, que é quando ocorre a fase de pico em seu crescimento. Deloroso informa que, segundo estatísticas, nos meninos este fenômeno físico costuma se dar mais tardiamente, entre os 12 e 16 anos de idade. “A etiologia da escoliose idiopática é desconhecida, mas vários fatores podem contribuir para o desenvolvimento e progressão da curva escoliótica, tais como: aspectos genéticos, mecânicos, bioquímicos e neuromusculares. Além disso, uma alteração na viscoelasticidade dos discos intervertebrais juntamente com o crescimento, proporcionam à coluna vertebral certa instabilidade tornando-a vulnerável às variações do equilíbrio postural”, acrescenta.
Ainda de acordo com o professor da UFU, entre os recursos fisioterapêuticos que têm sido utilizados para o tratamento da escoliose, estão os métodos de Isostretching e de Klapp, o pilates e a mecanoterapia. “Tratam-se de exercícios terapêuticos que trabalham as cadeias musculares de forma global, postural e ereta, bem como a consciência corporal, a flexibilidade, o controle respiratório e a tonicidade. Estes recursos objetivam a redução do grau da escoliose, visando à obtenção da melhor postura corporal e à prevenção dos tratamentos cirúrgicos”, esclarece.
Dinâmica do projeto
Com base nestas técnicas, o projeto desenvolvido na Faculdade de Educação Física e Fisioterapia (Faefi) oferece acompanhamento gratuito a adolescentes de 10 a 17 anos e que já tenham sido diagnosticados com a EIA. “Basicamente, utilizamos biofotometria computadorizada e radiografias para acompanhar os graus de inclinação da coluna vertebral. Com isso, fazemos a avaliação dos pacientes, estabelecemos os objetivos específicos de cada caso e elaboramos programas de tratamento individualizados”, sintetiza Deloroso.
Biofotometria computadorizada é utilizada para acompanhamento do grau de inclinação da coluna, (Foto: Divulgação)
Os primeiros atendimentos tiveram início em agosto deste ano e terão duração de três meses, até o final de novembro. Semanalmente, são realizadas duas sessões de fisioterapia, com 50 minutos cada. A princípio, elas estão ocorrendo nas tardes de segunda e quarta, porém a equipe do projeto está estudando a possibilidade de abrir um novo horário, que seria no período matutino e daria oportunidade de acesso a jovens que estudam à tarde.
Mais informações sobre o projeto podem ser obtidas pelo fone (34) 3218-2950 e (17) 98109-6192 – via WhatsApp.
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