A doença, que não é contagiosa, afeta mais de 100 mil pessoas todos os anos no Brasil
Conhecido por ser uma doença que deixa manchas brancas na pele, o vitiligo acomete cerca de três milhões de brasileiros, com aproximadamente 150 mil novos casos todos os anos no país. Comemorado anualmente em 1º de agosto, o Dia Nacional dos Portadores de Vitiligo visa conscientizar sobre o diagnóstico e tratamentos precoces, além de auxiliar na diminuição do preconceito que ainda existe sobre a doença.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o vitiligo atinge 0,5% da população mundial e as causas da doença ainda não foram determinadas, mas fenômenos autoimunes podem estar relacionados ao seu desenvolvimento. Ainda de acordo com a SBD, a Índia é um dos países com maior prevalência do vitiligo, aproximadamente 1,13%.
O vitiligo nem sempre apresenta sintomas, mas é caracterizado por manchas brancas notadas, geralmente, em áreas expostas como a face, dorso das mãos e ao redor de orifícios corporais. Os pêlos também podem ser eventualmente acometidos, incluindo cílios, sobrancelhas e pêlos pubianos. Coceira e/ou inflamação raramente estão presentes. Além disso, as alterações e traumas emocionais podem estar entre os fatores que desencadeiam ou agravam a doença.
Segundo o dermatologista do Hospital Santa Genoveva, Gabriel de Camargos, o vitiligo acomete de modo semelhante homens e mulheres e as causas ainda não são totalmente conhecidas. “É uma doença autoimune e multifatorial, em que a predisposição genética e fatores externos podem contribuir para o seu aparecimento. Neste caso, os melanócitos (células formadoras de melanina) são atacados pelo sistema imunológico do próprio indivíduo, levando ao surgimento das manchas brancas, típicas do quadro”, afirma.
“A hereditariedade é um fato importante para o desenvolvimento da doença e atinge, preferencialmente, pessoas entre 10 e 30 anos. Quanto à cura, podemos sim pensar, porém o tratamento é demorado e nem todos os pacientes conseguem uma resposta satisfatória”, completa.
De acordo com Gabriel, existem várias opções terapêuticas e que podem variar de acordo com o quadro clínico de cada paciente. “Para estimular a produção de pigmento nas áreas afetadas, podemos utilizar desde tratamentos tópicos e orais, como fototerapia com radiação ultravioleta e até mesmo terapias cirúrgicas. Mas é preciso salientar que só um profissional qualificado pode indicar o melhor tratamento para cada caso”, finaliza o médico.
Prelo Comunicação